A gestão emocional no ensino do direito: Um desafio permanente para uma educação que se pretende crítica

Resumo

A importância reconhecida à didática na educação formal pré-escolar, primária e secundária não alcança a mesma notoriedade no horizonte do ensino superior, especialmente no campo do direito. Um dos fatores que determina essa realidade é a crença de que o espaço pedagógico em que se formam os futuros advogados, juízes, promotores e demais atores jurídicos deve buscar exclusivamente o desenvolvimento das capacidades cognitivas dos estudantes. Este artigo pretende abrir a reflexão para esferas de formação que escapam à racionalidade tradicional. Esta é uma pesquisa prático-normativa que busca avançar na discussão sobre como as emoções podem fazer parte da sala de aula e das preocupações didático-pedagógicas dos professores. Para isso, recorre-se à experiência do professor Senthorun Raj, da Universidade de Keele. Conclui-se que o tema das emoções pode ser trabalhado em módulos autônomos ou de forma transversal a partir de uma intenção crítico-reflexiva. Refletir sobre as lealdades do Direito através das emoções é uma poderosa chave metodológico-crítica.